Sou muitas
e uma só.
Sou muitas e uma só. Fiz andanças, cruzei oceanos, trabalhei em área de floresta e na selva de pedra. Aprendi, desaprendi e voltei a aprender. Algumas coisas é preciso desaprender mesmo. Sou refazimento. Sou fé na vida. Primeiro veio a teologia e a busca continuou na psicologia. E, me enriquece profundamente o diálogo respeitoso e dialético entre esses dois campos.
Com Viktor E. Frankl e a logoterapia aprendi que é preciso buscar teimosamente um sentido, para não sucumbir à mornidão da vida. Sim, nos acostumamos à mornidão. Ela até que é confortável e, por isso mesmo, perigosa!
Mas encontrei lugar na Psicologia Analítica, também conhecida como Psicologia Junguiana, de Carl Gustav Jung. Ali encontrei caminhos, amplitudes e indicações de como descer para profundezas e conseguir retornar. Jung fala da busca por sentido, da necessária autenticidade para vivermos, da necessidade de encararmos nossas sombras, de acolher os opostos em nós, do processo de nos tornarmos nós mesmos que ele chamou de individuação. Acredito que a vida é mais, é caminho, é pulsação, é processo, é esperançar. E esperançar é essa força de uma paciência revolucionária que acredita no amanhã e em você, sempre de novo.